Desdobramentos de Saturno e Netuno de volta para Peixes

 Desdobramentos de Saturno e Netuno de volta para Peixes

Por Hector Othon

Cena: Um pequeno apartamento pela manhã. Luz suave atravessa as cortinas semiabertas. Ela está sentada à mesa com uma xícara de chá, olhando para o céu. Ele entra devagar, ainda de pijama, os olhos pesados, como se carregasse o mundo nas pálpebras.

Ela (com doçura, quase cantando):
Bom dia, amado! ✨🌞
Hoje o cosmos te lembra: a paz é a frequência mais poderosa que existe. Quando você vibra serenidade, tudo que é seu começa a te encontrar sem esforço. Respira… sorria… e confia no movimento silencioso da abundância. 🌿 Que o seu dia seja guiado por luz, calma e sincronicidades divinas.

(Ele para na soleira da porta. Não responde de imediato. Olha para as mãos, depois para o chão. Senta-se em silêncio à mesa, sem tocar na xícara que ela lhe oferece.)

Ele (voz rouca, lenta):
Normalmente consigo entender um pouco as coisas que acontecem… e quando acontecem.
Mas nos últimos dias… não estou conseguindo somar dois mais dois.
Trocando seis por meia dúzia.

(Ela o observa, atenta, mas não interrompe. Deixa o silêncio respirar.)

Ele (continua, quase falando consigo mesmo):
Parece que algo brochou. E se tivesse sido eu, sem problemas…
Mas não foi só comigo. Parece que as coisas em volta estão assim: caídas. Sem vida.

(Pausa. Ele levanta os olhos para a janela. O céu está nublado.)

Ele:
Acho que o ser humano… a civilização… não sei… tem levado porrada atrás de porrada.
E estamos todos sangrando por dentro, enquanto sai um sorriso amarelo e sem luz.

(Ela estende a mão, toca suavemente a dele. Ele não reage, mas também não se afasta.)

Ele:
É um cansaço grande. Uma sensação de que desaprendi a vida… ou talvez nunca tenha aprendido.
Que coisa estranha, entranha, essa no céu e na mente de todos. Ou de muitos.
Talvez seja só na minha bolha… mas vejo tudo meio morno. Meio morto.
Meio reto, meio torto. Sem destino… e tão cansado.

(Silêncio novamente. O vento move levemente a cortina.)

Ele (sussurrando, quase desistindo):
O que o céu diz?
Ou ele também está mudo… e com nuvens cinza demais para poder se revelar?

Ela (sem tentar consolar com palavras prontas, apenas com presença):
Talvez o céu esteja esperando que a gente pare de falar… pra escutar o que ele sussurra no vazio.
E talvez… hoje, a única abundância que existe seja este silêncio entre nós.
E isso já basta.

(Ele fecha os olhos. Respira fundo. Não sorri — mas, por um instante, parece menos só.)

Ele (murmura, quase inaudível):
Às vezes a vida fica tão sem sentido que nem sei.


Desdobramentos de Saturno e Netuno de volta para Peixes
Por Hector Othon

Cena: Um pequeno apartamento pela manhã. Luz suave atravessa as cortinas semiabertas. Ela está sentada à mesa com uma xícara de chá, olhando para o céu. Ele entra devagar, ainda de pijama, os olhos pesados, como se carregasse o mundo nas pálpebras.

Ela (com doçura, quase cantando):
Bom dia, amado! 
Hoje o cosmos te lembra: a paz é a frequência mais poderosa que existe. Quando você vibra serenidade, tudo que é seu começa a te encontrar sem esforço. Respira… sorria… e confia no movimento silencioso da abundância. 🌿 Que o seu dia seja guiado por luz, calma e sincronicidades divinas.

(Ele não responde de imediato.)

Ele:
Normalmente consigo entender um pouco as coisas que acontecem… e quando acontecem.
Mas nos últimos dias… não estou conseguindo somar dois mais dois.
Trocando seis por meia dúzia.

(Ela o observa, atenta, mas não interrompe.)

Ele (quase falando consigo mesmo):
Parece que algo brochou. E se tivesse sido eu, sem problemas…
Mas não foi só comigo. Parece que as coisas em volta estão assim: caídas. Sem vida.

Acho que o ser humano… a civilização… não sei… tem levado porrada atrás de porrada.
E estamos todos sangrando por dentro, enquanto sai um sorriso amarelo e sem luz.

(Ela estende a mão, toca suavemente a dele.)

Ele:
É um cansaço grande. Uma sensação de que desaprendi a vida… ou talvez nunca tenha aprendido.
Que coisa estranha, entranha, essa no céu e na mente de todos. Ou de muitos.
Talvez seja só na minha bolha… mas vejo tudo meio morno. Meio morto.
Meio reto, meio torto. Sem destino… e tão cansado.

Ele (sussurrando, quase desistindo):
O que o céu diz?
Ou ele também está mudo… e com nuvens cinza demais para poder se revelar?

Ela (sem tentar consolar com palavras prontas, apenas com presença):
Talvez o céu esteja esperando que a gente pare de falar… pra escutar o que ele sussurra no vazio.
E talvez… hoje, a única abundância que existe seja este silêncio entre nós.
E isso já basta.

(Ele fecha os olhos. Respira fundo. Não sorri — mas, por um instante, parece menos só.)

Ele (murmura, quase inaudível):
Às vezes a vida fica tão sem sentido que nem sei.

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