2 de maio Morreu Renato
Renato Santos Coradi — um anjo de Peixes que voltou cedo demais para o Céu
Há notícias que atravessam o coração como um raio. Elas não pedem licença, não têm explicação e não seguem nenhuma lógica da vida como a conhecemos. Foi assim que soube da partida de Renato Santos Coradi — e desde então, ele não sai do meu coração.
Renato era daqueles seres que iluminam o ambiente com um simples olhar, um sorriso, uma palavra gentil. Era Peixes em sua forma mais nobre e pura: sensível, amoroso, inteligente, generoso, de alma leve e presença radiante. Um jovem anjo, desses que a gente reconhece de longe, mesmo sem entender bem por quê. Ele era feito de amor — e amava com verdade, com profundidade, com doçura.
Aos 22 anos, partiu. E nós, aqui, ficamos com a pergunta que ecoa sem resposta: como é possível? Como a vida pode levar alguém tão jovem, tão cheio de luz, tão amado?
Veio-me à memória sua mãe, Claudia — uma dessas mães raras, inteiras, que fazem do cuidado uma missão de alma. Claudia é um coração que acolhe: seus filhos, seus amigos, os amigos dos filhos e qualquer pessoa que tenha a bênção de cruzar seu caminho. Sua casa, em Toledo, é um templo de afeto: jardim florido, aromas de ervas, cachorros felizes, comida gostosa, conforto e beleza. Um lar que cura. Um ninho que inspira.
Claudia Ferreira, de Toledo (@claudiafreitasastrologa), é nossa colega astróloga, que participou ativamente de meus cursos e pesquisas. É muito querida por alunos, seguidores e colegas — uma mulher de coração imenso e sabedoria generosa.
Imagino como deve estar seu sensível irmão Eduardo, profundo escorpiano — uma das almas mais delicadas e profundas que já conheci. E quando o amor e a harmonia entre eles se manifestavam, era uma beleza pura. Dava gosto acompanhar o cotidiano dessa família.
Lembro quando estive lá com minha filha Iara, ainda pequenina. Até hoje ela se lembra daqueles dias e pergunta por Claudia — tamanha foi a marca de amor que recebeu. Foi nesse lar abençoado que Renato cresceu. Ali, ele foi amado, educado com ternura, respeitado em sua individualidade, e floresceu ao lado do irmão — outro jovem de alma linda —, dos cachorros, das plantas, dos afetos.
Renato era uma luz humana, dessas que aquecem quem passa por perto. Uma estrela de ternura, de alegria, de presença. Ele partiu, sim — mas a luz dele jamais se apagará. Fica em cada lembrança, em cada riso, em cada gesto de amor que ele semeou.
Querida Claudia, querido pai, irmão amado, amigos, cachorros, plantas, familiares… sei que as palavras não alcançam o buraco que se abre quando um filho, um irmão, um amigo tão amado parte. Só posso desejar que o amor que vocês deram a ele — esse amor tão verdadeiro, que muitos jamais conhecerão nesta vida — seja agora o que os embale, conforte e sustente. Ele recebeu o melhor. Vocês deram o melhor. E ele sempre retribuiu com o melhor. Isso é eterno.
Renato, que tua alma encontre o mais doce dos caminhos de volta às estrelas. Que tua luz brilhe ainda mais forte agora, guiando os que ficam com a saudade ardendo no peito. E que, de algum modo misterioso, possamos seguir sentindo tua presença amorosa nos ventos, nas flores, no céu estrelado, nos nossos corações e no silêncio das orações.
Com afeto infinito,
Hector Othon
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